Haverá Liberdade de Expressão em Arrifana?

09.07.10

Há uns tempos a esta parte, os media, os comentadores, os poderes económicos e a classe política têm discutido ferozmente a suposta falta de liberdade de expressão em Portugal. Aquilo que foi a pressão emitida pelo governo de José Sócrates, para travar a opinião pública, foi deliberadamente usado pelos poderes locais, de forma a sentirem-se apoiados pelo poder central. Hoje tudo se pode fazer, seja certo ou errado.

Como todos sabemos, e para sustentarem essa tese de que o governo manipulava e manipula os media, criaram-se comissões de inquérito, fóruns de discussão, escreveram-se e continuam-se a escrever dezenas de artigos tentando provar aquilo que não era nem é possível provar.

Um dos exemplos, que nunca vamos esquecer, foi o caso TVI – Jornal de Sexta; é um exemplo que servirá para percebermos que uma das regalias, adquiridas com o 25 de Abril, foi-se ofuscando com o tempo. Um dos artigos de Mário Crespo, censurado num Jornal Diário, é mais um exemplo que perdurará na memória, assim como tantos outros.

Esta introdução, apenas para nos reportarmos ao nosso meio local. O que está a acontecer com Manhouce é um pouco de censura qualificada, que eu diria daquelas que dão direito a “prisão perpétua”. Não podemos admitir, que a opinião dos mais interessados seja ignorada e nem sequer ouvida. Nós ainda temos liberdade de expressão, é um absurdo e é em si mesmo uma forma de manipulação da opinião pública, mascarar o estado real das coisas, desculpando-se de que quem decide é A e a seguir já é B e mais tarde até é C. A manipulação de regras internas ofuscada pelo “poder” é merecedor de escárnio por parte de quem defende uma escola melhor para todos.

Os media parecem-me controlados ou então existe aqui algo baseado no poder económico que não deixa que estes façam o seu trabalho.

Sempre que leio uma notícia relacionada com este caso, sinto que não se diz tudo. Ou seja, a manipulação dos media é real, extremamente grave e preocupante, mas a sua origem está no poder económico e não no poder político, até porque, qualquer jornalista íntegro, pode sofrer pressão do poder político sem ceder aos interesses desse poder. O mesmo já não acontece com as pressões do poder económico, porque os media estão na sua posse e isso faz toda a diferença. Por vezes tenho a sensação de que os media debitam a toda a hora os recados que os seus donos pretendem que se tornem realidades absolutas. Além de discursos forjados, muitas inverdades.

A “crise” veio ajudar: se falas o que quero, tens emprego, se falas o que deves és substituído. São os critérios da reorganização da empregabilidade nos nossos “novos” dias. Todos sabemos que a cada dia que passa corremos o risco de ficar no desemprego. Será este um critério aceitável? Algo conquistado com braço de ferro não se pode perder. Esta (des)Ordem Mundial que nos foi imposta, com o objectivo único de maximizar os lucros e privilegiar poderosos, reforça o poder central e desce ao poder local como se fosse água corrente num rio. Parece que voltamos a viver em classes com similitudes com os tempos feudais.

A necessidade de confundir, o povo, é tanta que é necessário usar os media ao seu serviço, só assim conquistam, (des)informando.  Ainda não consegui, ver nem ler nada esclarecedor em relação a este caso.

Não nos deixemos ludibriar pelo canto trapaceiro dos poderes. Tenhamos uma postura crítica relativamente ao discurso dominante que nos tentam a toda a hora incutir. Os media difundem, mesmo que os argumentos anteriores não convençam. A postura crítica só nos pode beneficiar, até porque, não existe nada mais servil do que repetir o discurso do dominador.  Arrifana é vítima de ludibriações constantes, onde até ao momento não consegui ver coragem em ninguém para dizer FIM.

Costuma-se dizer que para bom entendedor, meia palavra basta.

 

Com referências de um artigo que li aqui e com o qual concordo plenamente.

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publicado por Yaleo às 20:55

A Defesa da Escola Pública

09.07.10

 

Este é o cenário criterioso dos modelos paradigmáticos existentes no nosso país, onde tudo é possível, seja certo ou errado.

Deixo-vos a mensagem de alguém que é pai, não é professor, a visão de alguém que se preocupa com o estado lastimoso da nossa Educação em Portugal e uma visão afincada do que se passa na nossa terra.

 

"Ana Drago, vi a sua intervenção na AR, estou plenamente de acordo com o que pensa. Transportaria algumas das suas palavras para as colocar no contexto do meu meio ambiente e do meu País.
Alguns iluminados desta terra chamada Portugal, alguns iluminados do Concelho da Feira, acham-se no direito de decidir a seu belo prazer.
Procuram refugio nas palavras! e que mirabolantes letras!
Tomam decisões na minha óptica precipitadas, erradas e que não vão de encontro dos interesses das crianças e das populações.
Digo com firmeza não usem as crianças! não têm esse direito.
Justificam-se com o injustificável, é uma vergonha o que se passa em Arrifana Sta.Maria da Feira com a rede escolar. Continue a ler aqui

 

Também eu, defendo a Escola Pública, não como docente, mas como cidadã, como alguém que gostaria de ver o país em crescimento. Trabalho diariamente para a realização de um futuro melhor, de um equilíbrio entre seres que apesar de individuais, têm as suas partes comuns a uma sociedade,  sociedade esta pouco justa. Vejo diariamente estragarem, desmancharem, destruirem o trabalho que realizei e continuo a realizar, com "pessoas", com invenções baratas. Sou mais uma vítima de um novo Estatuto da Carreira Docente que só vem desmotivar quem sonhou com uma profissão de sucesso. Amo o que faço e por isso ainda o faço por amor à camisola e não pelo que me pagam; mas na verdade compreendo quem já não consegue dar de si com tanta energia, pois ela acaba-se, esgota-se...é destruída por uma política economicista em que a qualidade de ensino não conta, contam os números.

Até quando, estes maus tratos ao ensino?

Até quando, esta política do empurra?

Até quando, este sorriso nos lábios, de ministra em ministra, encoberto pelo pó de arroz?

Até quando, pergunto mesmo até quando vamos continuar a fazer de conta que a Escola Pública está boa de saúde?

Implementaram-se aventuras, muitas aventuras, precisaria de muito tempo que me é útil à minha vida pessoal, para vos explicar o que não vale a pena, porque todos sabem e todos fazem de conta que desconhecem. - Escola a tempo inteiro - o que temos no nosso concelho? Crianças enfiadas na escola o dia todo, na mesma sala de aula...quando chegar o famosos mês de Setembro, estas crianças vomitam escola. Vão dizer-me assim: Mas há férias desportivas, há isto há aquilo etc...tudo se paga, e quem não pode pagar? (a maioria) Enfiam as crianças na sala de aula e está resolvido. Até quando esta brincadeirinha de governos que dizem: nós demos, nós demos, coisas lindas às crianças...deixem as crianças crescerem, porque desta forma elas não crescem, tornam-se raquíticas.

A nossa vida não é política, caros cidadãos, a nossa vida é um conjunto de momentos que devem ser vividos na plenitude, sempre na esperança do amanhã ser melhor. Infelizmente, estamos a "passar umas más férias" neste Planeta, porque gostamos de dar dois passos quando só temos amplitude para um.

publicado por Yaleo às 18:28

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